SIMBOLISMO NO BRASIL
A publicação de Broquéis e Missal (1893), de João da Cruz e Souza, inaugura este movimento, que se caracteriza por melancolia, gosto dos ritmos fluidos e musicais, incluindo o uso de versos livres; uso de imagens incomuns e ousadas. O cuidado na evocação das cores e de seus múltiplos matizes mostra, também, uma influência do Impressionismo.Alphonsus de Guimaraens (Câmara ardente) é um outro grande nome desse período. O simbolista tardio Guilherme de Almeida (Eu e você) funciona como uma ponte entre essa fase e o pré-modernismo. Uma figura isolada é Augusto dos Anjos (Eu e outras poesias), fascinado pelo vocabulário e os conceitos da ciência e da filosofia, que faz uma poesia de reflexão metafísica e de denúncia da injustiça social.
João da Cruz e Souza (1861-1898), filho de escravos libertos, luta pelo abolicionismo e contra o preconceito racial. Muda-se de Santa Catarina para o Rio de Janeiro, onde trabalha na Estrada de Ferro Central e colabora no jornal Folha Popular. A sua poesia é marcada pela sublimação do amor e pelo sofrimento vindo do racismo, da pobreza, da doença. Renova a poesia no Brasil com Broquéis e Missal. Em Últimos sonetos trata a morte como a única forma de alcançar a liberação dos sentidos.
TEATRO
A exemplo do realismo, tem seu auge durante a segunda metade do século XIX. Além de rejeitarem os excessos românticos, os simbolistas negam também a reprodução fotográfica dos realistas. Preferem retratar o mundo de modo subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo. Para eles, motivações, conflitos, caracterização psicológica e coerência na progressão dramática têm importância relativa.Autores simbolistas – Os personagens do Pelleas e Melisande, do belga Maurice Maeterlinck, por exemplo, são mais a materialização de idéias abstratas do que seres humanos reais. Escritores como Ibsen, Strindberg, Hauptmann e Yeats, que começam como realistas, evoluem, no fim da carreira, para o simbolismo. Além deles, destacam-se o italiano Gabriele d'Annunzio (A filha de Iorio), o austríaco Hugo von Hofmannsthal (A torre) e o russo Leonid Andreiev (A vida humana).
Auguste Strindberg (1849-1912) nasce em Estocolmo, Suécia, e é educado de maneira puritana. Sua vida pessoal é atormentada. Divorcia-se três vezes e convive com freqüentes crises de esquizofrenia. Strindberg mostra em suas peças – como O pai ou A defesa de um louco – um grande antagonismo em relação às mulheres. Em Para Damasco cria uma obra expressionista que vai influenciar diversos dramaturgos alemães.
Espaço cênico simbolista – Os alemães Erwin Piscator e Max Reinhardt e o francês Aurélien Lugné-Poe recorrem ao palco giratório ou desmembrado em vários níveis, à projeção de slides e títulos explicativos, à utilização de rampas laterais para ampliar a cena ou de plataformas colocadas no meio da platéia. O britânico Edward Gordon Craig revoluciona a iluminação usando, pela primeira vez, a luz elétrica; e o suíço Adolphe Appia reforma o espaço cênico criando cenários monumentais e estilizados.
CONTEXTO
O Simbolismo - que também foi chamado de Decadentismo, Impressionismo, Nefelibatismo - surgiu na França, por volta de 1880, e de lá difundiu-se internacionalmente, abrangendo vários ramos artísticos, principalmente a poesia. O período era de profundas modificações sociais e políticas, provocadas fundamentalmente pela expansão do capitalismo, na esteira da industrialização crescente, e que convergiram para, dentre outras conseqüências, a I Guerra Mundial. Na Europa haviam germinado idéias científico-filosóficas e materialistas que procuravam analisar racionalmente a realidade e assim apreender as novas transformações; essas idéias, principalmente as do positivismo, influenciaram movimentos literários como o Realismo e o Naturalismo, na prosa, e o Parnasianismo, na poesia.No entanto, os triunfos materialistas e científicos não eram compartilhados ou aceitos por muitos estratos sociais, que haviam ficado ao largo da prosperidade burguesa característica da chamada "belle époque"; pelo contrário, esses grupos alertavam para o mal-estar espiritual trazido pelo capitalismo. Assim, como afirmou Alfredo Bosi, "do âmago da inteligência européia surge uma oposição vigorosa ao triunfo da coisa e do fato sobre o sujeito - aquele a quem o otimismo do século prometera o paraíso mas não dera senão um purgatório de contrastes e frustrações". A partir dessa oposição, no campo da poesia, formou-se o Simbolismo.
O movimento simbolista tomou corpo no Brasil na década de 1890, quando o país passava também por intensas e radicais transformações, ainda que diversas daquelas vivenciadas na Europa. O advento da República e a abolição da escravatura modificaram as estruturas políticas e econômicas que haviam sustentado a agrária e aristocrática sociedade brasileira do Império. Os primeiros anos do regime republicano, de grande instabilidade política, foram marcados pela entrada em massa de imigrantes no país, pela urbanização dos grandes centros - principalmente de São Paulo, que começou a crescer em ritmo acelerado -, e pelo incremento da indústria nacional.
Nas cidades, a classe média se expandiu, enquanto a operária começou a tornar-se numerosa. No campo, aumentaram as pequenas propriedades produtivas e o colonato. A jovem república federativa, que ainda definia os limites de seu território, conheceu a riqueza efêmera da borracha na Amazônia e a prosperidade trazida pela diversificação da produção agrícola no Rio Grande do Sul. Mas era o café produzido no Centro-Sul a força motriz da economia brasileira, e de seus lucros alimentou-se a poderosa burguesia que determinava o destino de grande parte dos projetos políticos, financeiros e culturais do país.
No Brasil ainda sustentado pela agricultura e dependente de importações de produtos manufaturados, máquinas e equipamentos, a indústria editorial engatinhava. O público leitor era reduzido, já que a maior parte da população era analfabeta. As poucas editoras existentes concentravam-se no Rio de Janeiro e lançavam autores de preferência já conhecidos do público, em tiragens pequenas, impressas em Portugal ou na França, e mal distribuídas. Era principalmente nas páginas de periódicos que circulavam as obras literárias, e onde se debatiam os novos movimentos estéticos que agitavam os meios artísticos. Foi por meio do jornal carioca Folha Popular que formou-se o grupo simbolista liderado por Cruz e Souza, provavelmente o mais importante a divulgar a nova estética no país.
Também por força dessas circunstâncias, muitos autores do período colaboraram como cronistas para jornais e revistas, atividade que contribuiu para a profissionalização do escritor brasileiro. Raul Pompéia, ficcionista ligado ao Realismo, foi um deles, e abordou importantes acontecimentos e debates da época em suas crônicas, como a questão do Voto Feminino e Voto Estudantil ou os problemas da Viação Urbana. Além dos periódicos, as conferências literárias eram outra fonte de renda e de divulgação para os autores brasileiros, que também costumavam freqüentar salões artísticos promovidos por membros da elite, como a Vila Kyrial de José de Freitas Vale, senador, mecenas e autor de versos simbolistas que posteriormente patroneou autores modernistas.
Os simbolistas contribuíram muito para a evolução do mercado de periódicos, pois lançaram grande número de revistas, em vários estados brasileiros. Ainda que os títulos durassem, na maioria das vezes, apenas alguns números, o que é também indicativo da fragilidade do mercado editorial e da cena literária, representaram grande avanço no setor, notavelmente pelo apuro gráfico. Dentre os periódicos simbolistas destacam-se as cariocas Rio-Revista e Rosa-Cruz, as paranaenses Clube Curitibano e O Cenáculo, as mineiras Horus e A Época, a cearense A Padaria Espiritual, a baiana Nova Cruzada, entre muitas outras. No começo do século XX, foram publicadas revistas que ficariam famosas pela qualidade editorial e gráfica, como Kosmos e Fon-Fon!. As inovações formais e tipográficas praticadas pelos simbolistas, como os poemas figurativos, as páginas coloridas, os livros-estojo exigiam grande requinte técnico e, por conseqüência, terminaram por ajudar a melhorar a qualidade da indústria gráfica no país.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os poetas simbolistas acreditavam que a realidade é complexa demais pra ser apreendida e descrita de maneira objetiva e racional, como pretendiam os realistas e parnasianos. Eles voltaram-se para o universo interior e os aspectos não-racionais e não-lógicos da vida, como o sonho, o misticismo, o transcendental. Propunham o exercício da subjetividade contra a objetividade - retomando, de modo diferente, o individualismo romântico.É preciso diferenciar, todavia, poesia simbolista de poesia simbólica. Como afirma o crítico Afrânio Coutinho, "nem toda literatura que usa o símbolo é simbolista. A poesia universal é toda ela na essência simbólica".
O Simbolismo, para Coutinho, "posto não constituísse uma unidade de métodos, antes de ideais, procurou instalar um credo estético baseado no subjetivo, no pessoal, na sugestão e no vago, no misterioso e ilógico, na expressão indireta e simbólica. Como pregava Mallarmé, não se devia dar nome ao objeto, nem mostrá-lo diretamente, mas sugeri-lo, evocá-lo pouco a pouco, processo encantatório que caracteriza o símbolo."
No Brasil, onde o Parnasianismo dominava o cenário poético, a estética simbolista encontrou resistências, mas animou a criação de obras inovadoras. Desde o final da década de 1880 as obras de simbolistas franceses, entre eles Baudelaire e Mallarmé, e portugueses, como Antonio Nobre e Camilo Pessanha, vinham influenciando grupos como aquele que se formou em torno da Folha Popular, no Rio, liderado por Cruz e Souza e integrado por Emiliano Perneta, B. Lopes e Oscar Rosas. Mas foi com a publicação, em 1893, de Missal, livro de poemas em prosa, e Broquéis, poemas em versos, ambos de Cruz e Souza, que principiou de fato o movimento simbolista no país - embora a importância desses livros e do próprio movimento só tenha sido reconhecida bem mais tarde, com as vanguardas modernistas.
Entre as inovações formais que caracterizam o Simbolismo estão a prática do verso livre, em oposição ao rigor do verso parnasiano, e o uso de "uma linguagem ornada, colorida, exótica, poética, em que as palavras são escolhidas pela sonoridade, ritmo, colorido, fazendo-se arranjos artificiais de parte ou detalhes para criar impressões sensíveis, sugerindo antes que descrevendo e explicando", de acordo com Afrânio Coutinho.
Traços formais característicos do Simbolismo são a musicalidade, a sensorialidade, a sinestesia (superposição de impressões sensoriais). O antológico poema Antífona, de Cruz e Souza, é exemplar nesse sentido; sugestões de perfumes, cores, músicas perpassam todo o poema, cuja linguagem vaga e fluida é plena de recursos sonoros como aliterações e assonâncias. Há também em Antífona referências a elementos místicos, ao sonho, a mistérios, ao amor erótico, à morte, os grandes temas simbolistas.
Ainda com relação à forma, o soneto foi cultivado pelos simbolistas, mas não com a predileção manifestada pelos parnasianos, nem com sua paixão descritiva. Em sonetos como Incenso, de Gilka Machado, e Acrobata da Dor, de Cruz e Souza, está presente a linguagem que sugere, em lugar de nomear ou descrever, além de elementos como o questionamento da razão, a dor da existência, o interesse pelo mistério, a transcendência espiritual, que são característicos do Simbolismo. Lembre-se a propósito, também, do poema O Soneto, de Cruz e Souza, em que a linguagem poética simbolista transfigura e recria a forma da composição soneto.
É importante lembrar que as correntes simbolistas e parnasianas coexistiram e se influenciaram mutuamente; assim, há na obra de adeptos do Simbolismo traços da estética parnasiana e, do mesmo modo, impregnações simbolistas na obra de poetas ligados ao Parnasianismo, como Francisca Júlia.
O Simbolismo e o Parnasianismo, segundo José Aderaldo Castello, projetaram-se nas primeiras décadas do século XX, "deixando importante legado para herdeiros que se fariam grandes poetas do Modernismo". O Simbolismo, porém, "mais do que os adeptos da poesia ‘científico-filosófica’ e realista, provocou o debate, aguçando o confronto de gerações."
Os principais autores simbolistas brasileiros são Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens, mas merecem destaque também Gilka Machado e Augusto dos Anjos.
Cruz e Souza é considerado o maior poeta simbolista brasileiro, e foi mesmo apontado pelo estudioso Roger Bastide como dos maiores poetas do Simbolismo no mundo. Para a crítica Luciana Stegagno-Picchio, "ao firme, sapiente universo do parnasiano, à estátua, ao mármore, mas também ao polido distanciamento e ao sorriso, o simbolista Cruz e Souza contrapõe seu universo sinuoso, mal seguro, inquietante, misterioso, alucinante". Negro, o poeta sofreu preconceitos terríveis, que marcaram de diversos modos sua produção poética. Os críticos costumam indicar a "obsessão" pela cor branca em seus versos, repletos de brumas, pratas, marfins, linhos, luares, e de adjetivos como alva, branca, clara. Mas Cruz e Souza também expressou as dores e injustiças da escravidão em poemas como Crianças Negras e Na Senzala.
A obra de Alphonsus de Guimaraens é fundamentada pelos temas do misticismo, do amor e da morte. Em poemas como A Catedral e A Passiflora, repletos de referências católicas, a religiosidade é o assunto principal. O poeta também voltou-se para outro tema caro aos simbolistas, o interesse pelo inconsciente e pelas zonas profundas e desconhecidas da mente humana. Ismália, talvez seu poema mais conhecido, tematiza justamente a loucura. O amor, em sua poesia, é o amor perdido, inatingível, pranteado, como em Noiva e Salmos da Noite; reminiscências da morte prematura da mulher que amou na juventude.
Gilka Machado "foi a maior figura feminina de nosso Simbolismo", segundo o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos. Seus poemas, de intenso sensualismo, chegaram a causar escândalo, mas revelaram novas maneiras de expressar o erotismo feminino. Emiliano Perneta também imprimiu forte sensualismo em seus versos, característicos além disso pelo satanismo e decadentismo.
Sua poesia, para Andrade Muricy, é "a mais desconcertante e variada que o simbolismo produziu entre nós". Já a obra de Augusto dos Anjos - extremamente popular, diga-se de passagem - é única, e há grande dificuldade entre a crítica para classificá-la. Seus poemas, que chegam a ser expressionistas, recorrem a uma linguagem cientifista-naturalista, abundante de termos técnicos, para tematizar a morte, a destruição, o pessimismo e mesmo o asco diante da vida.
Impossível referir-se ao Simbolismo sem reverenciar seus dois grandes expoentes: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães. Aliás, não seria exagero afirmar que ambos foram o próprio Simbolismo.
Especialmente o primeiro, chamado, então, de "cisne negro" ou "Dante negro". Figura mais importante do Simbolismo brasileiro, sem ele, dizem os especialistas, não haveria essa estética no Brasil.
Como poeta, teve apenas um volume publicado em vida: "Broquéis" (os dois outros volumes de poesia são póstumos). Teve uma carreira muito rápida, apesar de ser considerado um dos maiores nomes do Simbolismo universal.
Sua obra apresenta uma evolução importante: na medida em que abandona o subjetivismo e a angústia iniciais, avança para posições mais universalizantes — sua produção inicial fala da dor e do sofrimento do homem negro (colocações pessoais, pois era filho de escravos), mas evolui para o sofrimento e a angústia do ser humano.
Já Alphonsus de Guimarães preferiu manter-se fiel a um "triângulo" que caracterizou toda a sua obra: misticismo, amor e morte. A crítica o considera o mais místico poeta de nossa literatura. O amor pela noiva, morta às vésperas do casamento, e sua profunda religiosidade e devoção por Nossa Senhora, gerou, e não poderia ser diferente, um misticismo que beirava o exagero.
Um exemplo é o "Setenário das dores de Nossa Senhora", em que ele atesta sua devoção pela Virgem. A morte aparece em sua obra como um único meio de atingir a sublimação e se aproximar de Constança - a noiva morta - e da virgem. Daí o amor aparecer sempre espiritualizado. A própria decisão de se isolar na cidade mineira de Mariana, que ele próprio considerou sua "torre de marfim", é uma postura simbolista.
A Produção literária no Brasil - Principais autores e Obras Simbolismo
Alphonsus de Guimarães - (1870-1921)
Septenário das dores de Nossa Senhora; Dona mística; Kyriale; Pauvre lyre; Pastoral aos crentes do amor e da morte; Escada de Jacó; Pulves; Câmara ardente; Salmos da noite.Cruz e Sousa - (1863-1898)
SIMBOLISMO EM PORTUGALEm 1915, Portugal entra oficialmente no Modernismo com o lançamento da revista “Orpheu”. Antes, em 1890, o país iniciou forte vivência literária no Simbolismo que iniciou com a publicação do livro de poemas “Oaristos” (diálogo amoroso), de Eugênio Castro. Portugal passou por crise econômica entre os anos de 1890 e 1891, descrédito em sua monarquia e assim como ocorrera com o Simbolismo brasileiro, a literatua simbolista portuguesa foi influenciada pela França, berço do Simbolismo. Nesta época surge o grupo “Os Vencidos da Vida” formado por Eça de Queirós, Guerra Junqueira e outros escritores que tinham uma visão depressiva e melancólica da realidade.
Eugênio de Castro, autor da “Oaristos”, nasceu em Coimbra, em 1869. Viveu em Paris, onde absorveu a tendência simbolista, era formado em letras e exerceu o magistério, morreu em 1944.
Antônio Nobre nasceu na cidade do Porto, em 1867, sua única obra publicada em vida foi a obra “Só”, em 1892. Assim como Eugênio de Castro, Também viveu em Paris, e trabalhou como diplomata, falecendo depois de retornar a Portugal, em 1900.
Camilo Pessanha é o terceiro autor mais destacado do Simbolismo português, nasceu na cidade de Coimbra em 1867, onde formou-se em direito. O mais curioso em sua biografia é o fato de ter trabalhado em Macau, colônia portuguesa na China, onde exerceu a advocacia e o magistério, consumia ópio e faleceu de tuberculose em 1926.
O período compreendido entre l890 a l9l5 foi marcado por um aglomerado de correntes literárias e pensamentos, mostrando, por um lado a dissolução de valores tradicionais e por outro a procura de novos rumos para superar o estado calamitoso em que se encontravam as letras portuguesas.
O Simbolismo convive com o Realismo que junto caminha com um Naturalismo adoentado, já que em Portugal esta corrente quase não existiu.
13.3.A POESIA SIMBOLISTA PORTUGUESA:
O Simbolismo foi introduzido por Eugênio de Castro com a obra Oaristos em l890 no
prefácio do livro ele delineou os princípios estéticos da nova escola.
Suas idéias revolucionárias foram aceitas por uma parte da mocidade literária sequiosa
de novidades. Mas a quantidade de poetas não correspondeu a qualidade, visto que os poetas antigos resolveram ficar com sua linha de produção. Entre os poetas e obras temos:
1.Eugênio de Castro- "Oaristos", "Horas", "Interlúnio".
2.Antônio Nobre- "Só", "Despedidas", "Primeiros versos".
3.Camilo Pessanha - "Clépsidra", "China".
4.Teixeira de Pascoaes - "Sempre", "Para a luz", "A senhora da noite".
5.Florbela Espanca - "Livro de mágoas", "Sóror Saudade", "Charneca em flor".
13.4.A PROSA DE FICÇÃO E O TEATRO:
O Simbolismo é essencialmente uma obra em poesia, no entanto em Portugal e no Brasil, alguns autores escreveram também algumas obras de ficção. A prosa de ficção vem carregada de elementos revelando influências realistas e naturalistas. Poucos autores se destacam. Entre eles temos: Raul Brandão com as obras: "Os pobres", "Pescadores", "As ilhas desconhecidas"
Quanto ao teatro, só um autor se destaca também: Júlio Dantas com as peças:"A ceia dos cardeais" que é uma boa obra e ainda "A selva" e "Viriato trágico".
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